Mulheres à margem – entre o asfalto e o bordel

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“O que levou uma jovem a essa vida?”, é a primeira pergunta feita logo no início do primeiro capítulo. Penso que deveríamos fazer pergunta semelhante diante das diversas literaturas que chegam a nossas mãos.

Percorrendo a quilometragem das páginas nos identificamos com suas meninas de alguma forma, os títulos, papéis, pechas se apequenam ao ponto de esvanecer, restam apenas mulheres e um piche com cara de espelho.

A autora não tem pretensão de apresentar soluções, tampouco problematizar comportamentos, a luz jogada sob o palco do bordel existencial dessas garotas é uma viagem sobre meandros da alma, das causas que antecedem efeitos e de efeitos que deram causa (como o desencontro dessa explicação, um quinhão individual, a barra: de ouro, do pole dance, do acordar, cada qual servindo se da sua).

E se alguém me perguntasse hoje o porquê indico esse livro, digo, sem pestanejar, que o despir-se da indiferença, da trivialidade e do comodismo sob prisma da obra me fizeram um pouco mais humana.

Ou pouco mais Drummondiana talvez:

“É feia, mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”.

Boa leitura!

 

 Amanda Helena Gimeno

(Poeta)

 

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Descrição

“O que levou uma jovem a essa vida?”, é a primeira pergunta feita logo no início do primeiro capítulo. Penso que deveríamos fazer pergunta semelhante diante das diversas literaturas que chegam a nossas mãos.

Percorrendo a quilometragem das páginas nos identificamos com suas meninas de alguma forma, os títulos, papéis, pechas se apequenam ao ponto de esvanecer, restam apenas mulheres e um piche com cara de espelho.

A autora não tem pretensão de apresentar soluções, tampouco problematizar comportamentos, a luz jogada sob o palco do bordel existencial dessas garotas é uma viagem sobre meandros da alma, das causas que antecedem efeitos e de efeitos que deram causa (como o desencontro dessa explicação, um quinhão individual, a barra: de ouro, do pole dance, do acordar, cada qual servindo se da sua).

E se alguém me perguntasse hoje o porquê indico esse livro, digo, sem pestanejar, que o despir-se da indiferença, da trivialidade e do comodismo sob prisma da obra me fizeram um pouco mais humana.

Ou pouco mais Drummondiana talvez:

“É feia, mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”.

Boa leitura!