Descrição
A voz de um eu lírico carnavalizado, que ora põe, ora tira, ora troca sua máscara, dispara inconsequentemente um poemão à queima-roupa, esquivando-se das expectativas do leitor com suas fintas, saltos, ameaças e evoluções. O monólogo polifônico é recitado sem pausas, em três atos (vozes) de cadências distintas, mas que se contaminam entre si, entremeando o coloquialismo da oralidade com imagens rebuscadas. Conta histórias íntimas que soam coletivas, denunciando tragédias com humor sarcástico regado a lágrimas, revelando a solidão inviolável do cotidiano.